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Se você é fã de Harry Potter, provavelmente já sonhou em lançar o feitiço "wingardium Leviosa" e fazer objetos levitarem. Bem, parece que os cientistas do Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST), no Japão, trouxeram um pouco desse encanto para a vida real. Em uma incrível demonstração de poder científico, eles conseguiram algo que parece tirado diretamente das páginas da saga de J.K. Rowling: fizeram um pedaço de grafite flutuar no vácuo.

placa quadrada fina do tamanho de um centímetro que flutua acima de ímãs dispostos em um padrão de grade — Foto: Reprodução/Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa (OIST)

Essa conquista extraordinária foi publicada recentemente na revista Applied Physics Letters e é fruto do trabalho árduo dos pesquisadores da Unidade de Máquinas Quânticas do OIST. Eles não apenas fizeram a placa de grafite flutuar, mas também a mantiveram em movimento controlado, aplicando uma técnica engenhosa de feedback para resfriar e desacelerar seu movimento.


Então, como eles conseguiram essa proeza? A magia está na ciência, é claro. Os cientistas revestiram um pó de microesferas de grafite com sílica e misturaram-no com cera para criar uma placa fina de grafite, do tamanho de um centímetro, que desafia a gravidade. Esta plataforma flutuante tem o potencial de revolucionar o mundo dos sensores, especialmente os quânticos, permitindo medições ultra precisas de força, aceleração e gravidade.

Mas por que grafite? Bem, a forma cristalina do carbono que encontramos nos lápis é fortemente repelida por ímãs, devido à sua natureza diamagnética. Isso significa que pode flutuar sobre campos magnéticos intensos, como os criados pelos ímãs na plataforma do experimento.

Uma imagem de microscópio eletrônico de varredura das microesferas de grafite revestidas. As regiões verdes indicam silício e confirmam a presença do revestimento isolante. — Foto: Reprodução/Instituto de Ciência e Tecnologia de Okinawa

Jason Twamley, líder da equipe no OIST, explica que o feedback ajusta a taxa de amortecimento do sistema, ou seja, a rapidez com que perde energia, resultando em um resfriamento eficaz da plataforma levitante. E se essa plataforma for suficientemente resfriada, poderá até superar os gravímetros atômicos mais sensíveis, que são instrumentos de última geração usados para medir a gravidade com extrema precisão.

Este é apenas o começo de uma jornada emocionante na fronteira da física e da engenharia. Os cientistas estão empenhados em refinar esses sistemas para desbloquear todo o potencial dessa tecnologia e, quem sabe, levar a levitação para o próximo nível. Afinal, quem disse que magia e ciência não podem se unir para criar algo verdadeiramente extraordinário?

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